Nossa querida Tia Letícia volta a ser matéria do Jornal 'Estado de Minas', desta vez para contar uma notícia que ninguém queria ouvir...
Corpo de mineira de 110 anos é enterrado em Bocaiúva
Ela moreu no domingo à noite, três dias após completar 110 anos de idade
Luiz Ribeiro - Estado de Minas
Publicação: 03/01/2011 15:34 Atualização:
Foi sepultado nesta segunda-feira na comunidade de Cordeiros, em Bocaiúva - a 464 quilometros de Belo Horizonte, Norte de Minas -, o corpo de Letícias Ferreira de Souza. Ela morreu domingo à noite, três dias após completar 110 anos de idade. Ela estava internada no Hospital Municipal de Bocaiuva desde sábado.
O aniversário de dona Letícia tinha sido comemorado com festa pela comunidade, na sexta-feira (31 de dezembro). Na oportunidade, os moradores também participaram de uma missa em ação de graças.
Letícia Ferreira de Souza nunca se casou. Natural do distrito de Terra Branca (também no município de Boicaúva), era a segunda filha de uma família de 12 filhos (nove mulheres e três homens), dos quais apenas dois vivos. Trabalhou na roça e também foi costureira, bordadeira e mostrou habilidade em trabalhos em crochê e renda.
Até o fim da vida, dona Letícia se manteve dedicada à vida religiosa. Sempre que podia, se dirigia à Igreja de Santos Reis ou ao pequeno cemitério de Cordeiros. Todos os dias, antes de deitar, rezava o terço diante dos quadros de Santa Luzia, São Sebastião, Coração de Jesus e Nossa Senhora Aparecida.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Tia Letícia é matéria do Jornal Estado de Minas
Mineira completa 110 anos e relembra histórias de três séculos
Gustavo Werneck -
Publicação: 30/12/2010 10:00 Atualização: 30/12/2010 10:12
Letícia Ferreira de Souza mantém o hábito de rezar o terço todos os dias, diante dos quadros de santos em seu quarto
Bocaiúva – Quando ela nasceu, o Brasil republicano era apenas uma criança, a escravidão, apesar de abolida havia 12 anos, ainda lançava sombras nefastas país adentro e a nova capital de Minas engatinhava entre prédios em construção, ruas poeirentas e sonhos de liberdade. Foi nesse tempo, no apagar das luzes do século 19, que Letícia Ferreira de Souza chegou ao mundo, mais exatamente numa fazenda em Bocaiúva, nas proximidades do Rio Jequitinhonha. Hoje, às vésperas de 2011, com os tradicionais bolo e “parabéns pra você”, cantado por parentes e amigos da comunidade de Cordeiros, onde mora, a 95 quilômetros da sede municipal e 464 de Belo Horizonte, Letícia completa 110 anos, declarando-se “meio surdinha e com a cabeça um pouco ruim”. Fora isso, tem saúde, caminha devagarinho pelo quintal de casa, colhe frutas e guarda histórias pessoais que atravessaram o século 20 e percorrem o 21 com sabor às vezes doce, às vezes ácido, mas sempre permeadas pela emoção.
A chuva torrencial não para, as estradas vicinais beirando extensas plantações de eucalipto se transformam em rios, GPS e telefone celular não funcionam e a falta de placas indicativas torna ainda mais difícil localizar Cordeiros, a 700 metros do Jequitinhonha. O jeito é perguntar a alguém e, por sorte, encontrar um motorista que conhece a mulher centenária e está na direção da comunidade. Uma hora depois, Maria Zélia Vieira, de 51, casada com um sobrinho de Letícia e acompanhante dela durante o dia, abre a porta da moradia simples e decorada com quadros de santos, aquecida pelo fogão a lenha e com um pé de pinha na porta. “Vamos entrar!”, convida com simpatia.
Sentada numa cadeira e vestindo saia e blusa de algodão, Letícia recebe o abraço dos visitantes e, a qualquer pergunta que não entende, faz uma concha com a mão em volta da orelha ou olha, meio na cumplicidade, para Maria Zélia e a afilhada Maria das Dores Freire Antunes, de 79, a Dodô, outra presença constante em casa. “A gente fica aqui de manhã e à tarde, mas, à noite, ela dorme sozinha. Só com Deus”, revela Maria Zélia, animada com a festa, que se completará amanhã, às 11h, com missa na Igreja de Santos Reis celebrada pelo arcebispo emérito de Montes Claros, no Norte de Minas, dom Geraldo Magela de Castro. “Ele sempre vem nesta época e a madrinha fica bem feliz”, emenda Dodô.
Até então quieta no seu canto, Letícia diz que ficou solteira e para titia, pois ajudou a cuidar dos numerosos filhos dos irmãos e irmãs. Teve, sim, um grande e único amor, o Zé da Dejanira, filho de mulher negra, ex-escrava, com um fazendeiro, romance de juventude impedido pelo pai severo e irredutível diante do namoro da moça branca com o homem “moreno”. No auge da adolescência, Letícia bateu o pé, chorou de raiva pelo preconceito, enfrentou o pai e passou a se encontrar às escondidas com o rapaz, embora sem qualquer intimidade. Na verdade, houve apenas um contato físico de saudosa memória. “Uma vez, estava distraída e o Zé veio andando por trás, de mansinho. Quando virei, me deu um beijo. Nem sabia o que era aquilo e pedi explicação.” A pergunta inevitável – “na boca?” – faz a senhora sorrir baixinho e pôr a mão no rosto. Alguns segundos de silêncio e admite ter sentido, no beijo inesquecível nos lábios, um certo calor no corpo. O namoro, no entanto, terminou em seguida. “Sempre sonho e rezei a vida inteira por ele. A minha juventude foi boa, mas o meu pai era muito bravo. Eu brigava, mas não teve jeito”, confidencia.
Zé da Dejanira se casou e Letícia, nome que em latim significa alegria, ficou sozinha e para “semente”, conforme ela mesma diz. Fazendo cara de mistério, conta que, nos tempos de namoro, ela e o amado combinaram que o primeiro que morresse entraria em contato com o outro, numa espécie de pacto. “E não é que, quando foi embora, ele veio me avisar?”, diz com a certeza de que a cena foi real, e não fruto da imaginação fértil dos eternos apaixonados.
Gustavo Werneck -
Publicação: 30/12/2010 10:00 Atualização: 30/12/2010 10:12
Letícia Ferreira de Souza mantém o hábito de rezar o terço todos os dias, diante dos quadros de santos em seu quarto
Bocaiúva – Quando ela nasceu, o Brasil republicano era apenas uma criança, a escravidão, apesar de abolida havia 12 anos, ainda lançava sombras nefastas país adentro e a nova capital de Minas engatinhava entre prédios em construção, ruas poeirentas e sonhos de liberdade. Foi nesse tempo, no apagar das luzes do século 19, que Letícia Ferreira de Souza chegou ao mundo, mais exatamente numa fazenda em Bocaiúva, nas proximidades do Rio Jequitinhonha. Hoje, às vésperas de 2011, com os tradicionais bolo e “parabéns pra você”, cantado por parentes e amigos da comunidade de Cordeiros, onde mora, a 95 quilômetros da sede municipal e 464 de Belo Horizonte, Letícia completa 110 anos, declarando-se “meio surdinha e com a cabeça um pouco ruim”. Fora isso, tem saúde, caminha devagarinho pelo quintal de casa, colhe frutas e guarda histórias pessoais que atravessaram o século 20 e percorrem o 21 com sabor às vezes doce, às vezes ácido, mas sempre permeadas pela emoção.
A chuva torrencial não para, as estradas vicinais beirando extensas plantações de eucalipto se transformam em rios, GPS e telefone celular não funcionam e a falta de placas indicativas torna ainda mais difícil localizar Cordeiros, a 700 metros do Jequitinhonha. O jeito é perguntar a alguém e, por sorte, encontrar um motorista que conhece a mulher centenária e está na direção da comunidade. Uma hora depois, Maria Zélia Vieira, de 51, casada com um sobrinho de Letícia e acompanhante dela durante o dia, abre a porta da moradia simples e decorada com quadros de santos, aquecida pelo fogão a lenha e com um pé de pinha na porta. “Vamos entrar!”, convida com simpatia.
Sentada numa cadeira e vestindo saia e blusa de algodão, Letícia recebe o abraço dos visitantes e, a qualquer pergunta que não entende, faz uma concha com a mão em volta da orelha ou olha, meio na cumplicidade, para Maria Zélia e a afilhada Maria das Dores Freire Antunes, de 79, a Dodô, outra presença constante em casa. “A gente fica aqui de manhã e à tarde, mas, à noite, ela dorme sozinha. Só com Deus”, revela Maria Zélia, animada com a festa, que se completará amanhã, às 11h, com missa na Igreja de Santos Reis celebrada pelo arcebispo emérito de Montes Claros, no Norte de Minas, dom Geraldo Magela de Castro. “Ele sempre vem nesta época e a madrinha fica bem feliz”, emenda Dodô.
Até então quieta no seu canto, Letícia diz que ficou solteira e para titia, pois ajudou a cuidar dos numerosos filhos dos irmãos e irmãs. Teve, sim, um grande e único amor, o Zé da Dejanira, filho de mulher negra, ex-escrava, com um fazendeiro, romance de juventude impedido pelo pai severo e irredutível diante do namoro da moça branca com o homem “moreno”. No auge da adolescência, Letícia bateu o pé, chorou de raiva pelo preconceito, enfrentou o pai e passou a se encontrar às escondidas com o rapaz, embora sem qualquer intimidade. Na verdade, houve apenas um contato físico de saudosa memória. “Uma vez, estava distraída e o Zé veio andando por trás, de mansinho. Quando virei, me deu um beijo. Nem sabia o que era aquilo e pedi explicação.” A pergunta inevitável – “na boca?” – faz a senhora sorrir baixinho e pôr a mão no rosto. Alguns segundos de silêncio e admite ter sentido, no beijo inesquecível nos lábios, um certo calor no corpo. O namoro, no entanto, terminou em seguida. “Sempre sonho e rezei a vida inteira por ele. A minha juventude foi boa, mas o meu pai era muito bravo. Eu brigava, mas não teve jeito”, confidencia.
Zé da Dejanira se casou e Letícia, nome que em latim significa alegria, ficou sozinha e para “semente”, conforme ela mesma diz. Fazendo cara de mistério, conta que, nos tempos de namoro, ela e o amado combinaram que o primeiro que morresse entraria em contato com o outro, numa espécie de pacto. “E não é que, quando foi embora, ele veio me avisar?”, diz com a certeza de que a cena foi real, e não fruto da imaginação fértil dos eternos apaixonados.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Só pra dar um gostinho...
O SHOW
Festa Santos Reis 2010
(Música: Nova York - Composição: Cristian/ Ralf / Intérprete: Músicos da Banda Bonde Xote - Conheça mais sobre a banda no blog: http://bondexote.blogspot.com/)
Festa Santos Reis 2010
(Música: Nova York - Composição: Cristian/ Ralf / Intérprete: Músicos da Banda Bonde Xote - Conheça mais sobre a banda no blog: http://bondexote.blogspot.com/)
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Missão Cumprida!
Tudo começou em um churrasco na casa de Dona Rosa, outubro de 2008, Dora sugeriu que a próxima festa de Santos Reis fosse organizada pelos jovens, uma festa grande como há muito tempo não faziam por lá. E nós abraçamos a idéia, Jadir junto com sua esposa Marisa lideraram os trabalhos, eu fiquei com a parte de divulgação, criei o blog e comecei a enviar mil mensagens pra todo mundo. Madrinha Neusa fez as camisetas e ajudou a arrecadar verba para financiar a vinda da banda para a Festa, além de organizar o coral da Igreja, padrinho Zeca ficou responsável pelo churrasco, Zenaide, Nice, Thamires, eu e Carol ficamos com a decoração... é difícil citar nomes, porque toda a Comunidade e as pessoas que direta ou indiretamente estão ligadas a ela, ajudaram muito para que essa Festa acontesse. E graças ao esforço conjunto de todas essas pessoas fizemos essa festa linda, que ficou para história (palavras de Dom Geraldo), dando destaque e valor a quem há tempos merece: A Comunidade de Cordeiros!
Enfim, A FESTA!
FESTA DE SANTOS REIS - 2010
Tudo perfeito. No céu nenhuma nuvem, o dia estava quente, ônibus e carros chegavam de todo lado: Montes Claros, Bocaiúva, Olhos d'água, Macaúba, Belo Horizonte, São Paulo... todos arrumados, muitos com as camisetas da festa, coisa que por lá nunca se viu.
Beijos e abraços, "Há quanto tempo não nos víamos!" Bom estar aqui...
Ao cair da noite, a Missa começou, cantando "Deixa a luz do céu entrar" celebramos o dia de Santos Reis, bispo Dom Geraldo, sempre muito carinhoso com toda a Comunidade, nos fez lembrar a importância do Batismo e refletir sobre o real motivo que nos reuniu naquele momento.
A Igreja estava cheia, como a muito tempo não se via, a Folia de Santos Reis também estava presente e como cantaram bonito diante do presépio!
Terminada a Missa, seguimos até a casa da Tia Dade, a mais nova moradora de Cordeiros, lá a bandeira de Santos Reis nos esperava, seguindo a tradição de anos, os foliões cantaram para abençoar a dona da casa.
Tia Dade estava emocionada. Ramon e Letícia carregaram a bandeira até a Igreja, nós os seguimos com velas nas mãos. O mastro foi levantado e demos vivas a Santos Reis, houve queima de fogos e os olhos ficaram cheios de lágrimas.
E a Festa estava só começando! Era hora de ir para o grupo escolar, lá fomos recebidos com um delicioso caldo quente, humm... Palco montado, mesa de som, luzes, o show prometia! Três músicos da banda Bonde Xote fizeram a alegria da noite, Marcelo, o vocalista e cordeirense famoso, agitou a galera até as quatro da manhã! Dançamos até as pernas não aguentarem mais! Forró, brega, rock anos sessenta... teve de tudo e mais um pouco! Até cd ganhamos!
Um garrafão de vinho sumiu e teve gente que dormiu abraçado com quem não devia... que importa! Estávamos aproveitando a festa até o fim!
No domingo os fogos da alvorada bem cedinho, a festa continua. As dez horas fomos a Missa, teve casamento triplo! Bodas de prata. Além da apresentação das Pastorinhas, que deixaram aquela manhã ainda mais especial.
Hora do almoço, churrasco!!! A fila estava grande, comida mineira, ninguém quer perder! Arroz, farofa, vinagrete e carne a vontade, agora entendo aquela famosa expressão: “Bom dimais da conta sô!”. Tudo a ver!
A tarde começou com mais um pouco de música, até Serafim veio participar!
Na procissão o Sol brilhava forte, chegava a hora de se despedir.
Na Igreja nos emocionamos com as palavras de Dom Geraldo que disse nunca antes ter visto em Cordeiros festa tão bonita e também com Jadir que, ao contar toda a trajetória de trabalho para a realização dessa festa, fez cair lágrimas em seus e em nossos olhos.
Foi lindo e se Deus quiser será de novo nos próximos anos.
E a você que esteve conosco, obrigada por tudo e até a próxima festa!
(Clique sobre as fotos para vê-las em tamanho ampliado)
domingo, 27 de dezembro de 2009
Programação Festa de Santos Reis 2010
Está quase tudo pronto para a festa de Santos Reis e pra você não perder nada aí vai a programação da semana de 01 a 10 de janeiro:
01/Jan. - Novena 1º dia (Responsáveis: Fiinha, Helena, Rosa e Valter)
02/Jan. - Novena 2º dia (Responsáveis: Estela, Nice, Nico e Tereza)
03/Jan. - Novena 3º dia (Responsáveis: Zélia, Dodô, Letícia e José Batista)
04/Jan. - Novena 4º dia (Responsáveis: Aderaldo, Juraci, Dalva e Geraldo)
05/Jan. - Novena 5º dia (Responsáveis: Osvaldo, Adriana, José de Diolinda e Alex)
06/Jan. - Novena 6º dia (Responsáveis: Patrocínia, Adãozinho, Darli e Dico)
07/Jan. - Novena 7º dia (Responsáveis: Doralice, Jair, João Gasparino e Dalgisa)
08/Jan. - Novena 8º dia (Responsáveis: Marisa, Adão Baracho, Nenzinho e Aparecida)
09/Jan. - Novena 9º dia (Responsáveis: Napoleão, Ricardo e Maria Caetano)
20:00 Santa Missa celebrada por Dom Geraldo Magela (Após o levantamento do mastro)
Em seguida Baile com banda ao vivo
10/Jan. - 5:00 Alvorada (Queima de fogos)
10:00 Santa Missa
12:00 Churrasco
14:00 Batizados
16:00 Procissão
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Bingo beneficente em prol da Festa de Santos Reis
Próximo domingo, dia 27/12/09, vai ter bingo na casa da Neusa lá em Itaquera, o objetivo é arrecadar verba para a festa de Santos Reis.
Toda a mineirada que mora em SP está convocada pra ajudar!!
Vai ter lanchinho e sorteio de uma cesta de Natal!
Até lá!
O bingo foi um sucesso! Obrigada a todos que participaram!
sábado, 31 de outubro de 2009
Data oficial da Festa de Santos Reis - 2010
Está confirmado!
A Festa de Santos Reis será realizada nos dias 9 e 10 de janeiro do ano que vem!! Precisamos da sua ajuda para tornar essa festa a melhor de todas que já tiveram por lá! Por isso, além da sua presença, contamos com sua participação com sugestões, idéias e contatos.
O que vc gostaria que tivesse na programação da festa?
Para o pessoal que mora longe, podemos combinar de alugar um ônibus, quem tiver interesse deixe um comentário!
Um abraço!
PS: Tá bom eu falo... sou eu na foto! rs
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Jequitinhonha, o vale esquecido (Série de Reportagens Record)
O Jornal da Record transmitiu na semana de 09 a 14 de fevereiro uma série de reportagens sobre o Vale do Jequitinhonha, contando um pouco de sua história da nascente até a foz, seus personagens e sua cultura. Nos links abaixo você pode assistir algumas das reportagens. (Obs.: Copie o link desejado e cole na barra de endereços do seu navegador)
http://www.youtube.com/watch?v=hyga44eNDL0
http://www.youtube.com/watch?v=SgROKy_WO4Q&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=VgQKcT_XNBE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=7aVFDrUMnt4&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=hyga44eNDL0
http://www.youtube.com/watch?v=SgROKy_WO4Q&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=VgQKcT_XNBE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=7aVFDrUMnt4&feature=related
sábado, 31 de janeiro de 2009
Suas casas
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim.
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais...
(Casa no Campo /
Elis Regina - Composição: Zé Rodrix e Tavito)
Legenda - Foto1: Casa da D. Estela; Foto 2: Casa da Tia Juraci; Foto 3: Casa da vovó Dodô.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Moradores mais que especiais...
TIA LETÍCIA
Letícia Ferreira de Souza, a nossa "Tia Letícia", é o orgulho dos cordeirenses. Aos 109 anos e muito lúcida, mora sozinha em uma pequena casa do povoado. Uma senhorinha muito carinhosa, que adora bonecas e está sempre escutando as missas católicas em seu radinho.
Tia Letícia é filha de Vicente Ferreira de Souza e Maria da Conceição Pereira, nasceu no Buriti em 30 de Dezembro de 1901. Numa família de oito irmãos, é a mais velha das mulheres. Nunca se casou, ela conta que se apaixonou uma única vez por um rapaz chamado José, namorou por oito anos, mas seu pai não autorizou o casamento, desde então preferiu ficar sozinha, não teve filhos, dedicou grande parte de sua vida cuidando dos sobrinhos.
Uma mulher guerreira que merece sempre nossas homenagens...
Letícia Ferreira de Souza, a nossa "Tia Letícia", é o orgulho dos cordeirenses. Aos 109 anos e muito lúcida, mora sozinha em uma pequena casa do povoado. Uma senhorinha muito carinhosa, que adora bonecas e está sempre escutando as missas católicas em seu radinho.
Tia Letícia é filha de Vicente Ferreira de Souza e Maria da Conceição Pereira, nasceu no Buriti em 30 de Dezembro de 1901. Numa família de oito irmãos, é a mais velha das mulheres. Nunca se casou, ela conta que se apaixonou uma única vez por um rapaz chamado José, namorou por oito anos, mas seu pai não autorizou o casamento, desde então preferiu ficar sozinha, não teve filhos, dedicou grande parte de sua vida cuidando dos sobrinhos.
Uma mulher guerreira que merece sempre nossas homenagens...
Um pouco da história...
Há mais de um século, em 1887, era construída a primeira casa de Cordeiros. Lá morou Joaquim Leal de Moura, sua esposa Luíza Martins do Amaral e seus filhos: João, Sebastião, José, Maria, Domingos e Diolinda.
A segunda casa do povoado fora construída somente anos mais tarde, em 1933, por um dos filhos de Joaquim Leal, Domingos. (Ao lado foto atual da casa)
Na época, outro fato importante ocorreu, a criação de uma Folia de Reis. A idéia foi de Sebastião, que reuniu seus irmãos e dois cunhados para o grupo. A Folia era simples, mas fervorosa em sua fé.
Em certa ocasião, os foliões receberam um estranho convite, Antônio Beltrão, um fazendeiro que dizia ser contra a religião católica, chamou os foliões para irem até sua casa. Todos ficaram receosos, no entanto, foram. Tamanha foi a surpresa que tiveram, Beltrão os recebeu com muita atenção e alegria, distribuiu esmolas a seus empregados e ofereceu mesa farta para todos tomarem café.
Beltrão ficou tão animado que sugeriu a Joaquim, pai dos foliões, a construção de uma capela de Santos Reis. A idéia foi muito bem acolhida e os foliões empenharam-se para torná-la realidade.
Em 1937 morre Joaquim Leal, dois anos depois é marcado pelo padre Pedro da cidade de Bocaiúva o lugar onde seria construída a capela.
A construção da capela terminou em 1943. A primeira missa foi celebrada em 1946 pelo padre Sérgio Ribeiro, de Carbonita.
Anos antes, em 1941, era construída a primeira escola do povoado, a princípio as aulas eram realizadas em um salão construído por Domingos Leal. Maria dos Anjos Câmara foi a primeira professora.
A escola era financiada pelos pais das crianças, só em 1943 que foi construída a primeira escola municipal.
Avançando um pouco na história... vamos para 1965, ano em que Moacir Leal de Moura, filho de José Leal de Moura e neto de Joaquim Leal, passou a ser tesoureiro da Igreja de Santos Reis e administrador do patrimônio de Cordeiros. Moacir é casado com D. Estela (Ver foto atual) que à época era zeladora da Igreja, professora e enfermeira do miniposto de saúde.
Durante muitos anos o povo de Cordeiros sofreu com a falta de água em suas casas, era preciso andar 500 metros até o rio Jequitinhonha. José Gabriel de Oliveira, Vigário de Cordeiros, sensibilizado com o problema foi até o prefeito de Bocaiúva pedir canos para que ele e os comerciantes da região fizessem a instalação. A obra foi um sucesso, foi grande a alegria e animação dos moradores, isso em 1974.
No ano de 1982 a luz elétrica chegou ao povoado e em 1991 foi inaugurada a torre de televisão.
(Agradecimento especial a D. Estela Leal que gentilmente cedeu os materiais necessários para esta pequena pesquisa.)
Reforma da Igreja
A Igreja de Santos Reis da comunidade de Cordeiros foi reformada recentemente.
Através de arrecadações em festas, bazares, doações e dos esforços de toda a comunidade, em especial Marisa e Jadir, foi possível realizar a pintura das paredes, a reforma no telhado e o piso. Olha só como ficou...
Obs.: Clique nas fotos para vê-las em tamanho ampliado.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Festa de Santos Reis - 2009
Este ano a tradicional Festa de Santos Reis, realizada todo mês de Julho em Cordeiros, será organizada pelos jovens(moradores, ex-moradores, filhos, netos, vizinhos e amigos dos Cordeirenses).
A festa esta prevista para o terceiro fim de semana de Julho (dias 17, 18 e 19), precisamos agitar os possíveis eventos e reunir toda a galera!!
Quem tiver interesse em participar, traga suas sugestões para a programação da festa, dicas de transporte para quem mora longe... deixe seu comentário e ajude no que puder! = )
Rio Jequitinhonha
O Rio Jequitinhonha é um rio brasileiro que banha os estados de Minas Gerais e da Bahia.
Ele nasce na região da cidade de Serro, atravessa o nordeste do Estado de Minas Gerais e deságua no Oceano Atlântico, em Belmonte, no estado da Bahia. Percorre uma das regiões mais pobres do Brasil e do mundo, denominada Vale do Jequitinhonha. Perto de suas nascentes fica a cidade de Diamantina; outras cidades da bacia são Araçuaí, Itinga, Jequitinhonha, Almenara, Itaobim e outras.
O Vale do rio Jequitinhonha, apesar de ser uma das regiões mais pobres do Brasil, abriga uma cultura peculiar, que se revela nas manifestações populares únicas, ligadas aos mitos da natureza, à navegação e as lendas; e se manifestam no rico artesanato de barro, nas expressões musicais e folclóricas.
O nome do rio Jequitinhonha se originou do nome da cidade e o termo, na linguagem indígena, quer dizer: no Jequi tem onha(ou seja, no Jequi tem peixe, usados pelos índios botocudos, que habitaram a região, na confluência com o rio São Miguel.
(Fonte: Wikipédia)
E você já conhece o Rio Jequitinhonha? Quem vai até Cordeiros dificilmente resiste a um mergulho, ainda mais agora que as águas estão limpinhas. Bom dimais da conta sô!
Inspiração
Galo cantou
Madrugada na Campina
Manhã menina
Tá na flor do meu jardim
Hoje é domingo
Me desculpe eu tô sem pressa
Nem preciso de conversa
Não há nada prá cumprir
Passar o dia
Ouvindo o som de uma viola
Eu quero que o mundo agora
Se mostre pros bem-te-vi
Mando daqui das bandas do rural lembranças
Vibrações da nova hora
Prá você que não tá aqui
Amanhecer
é uma lição do universo
Que nos ensina
Que é preciso renascer
O novo amanhece
O novo amanhece
Já tem rolinha
Lá no terreiro varrido
E o orvalho brilha
Como pétalas ao sol
Tem uma sombra
Que caminha pras montanhas
Se espelhando feito alma
Por dentro do matagal
E quanto mais
A luz vai invadindo a terra
O que a noite não revela
O dia mostra prá mim
A rádio agora
Tá tocando Rancho Fundo
Somos só eu e mundo
E tudo começa aqui
(Raízes - Renato Teixeira)
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